sábado, dezembro 23, 2006

em Hibernação



Niagara Falls - Inverno de 1911

... a cidade em peso acordou a meio da noite...
(...)
A dada altura alguém gritou: "A cascata... a cascata "calou-se"... e todos se quedaram, comprendendo então, o som do silêncio. Que foi tão forte, tão forte, que os acordou a todos.
(...)



Este foi o poste maiz fuleiro que aqui coloquei em dias de vida!

Carolina Salgado: A mulher do Momento

Fiz directa. Passei o resto da noite de volta de alguns dos meus blogues favoritos (muito poucos quase nenhuns) e num deu para quase nada. à tanto tempo que num vinha para estes lados. A dada altura por intermédio de uma das minhas visitas obrigatórias fui bater no poste da Natureza do Mal sobre a Carolina Salgado (ver: «17 Dezembro 2006 - Uma mulher do Mal: Carolina Salgado». Nisto, e na caixa de comentários, tropeço num cómente da Lyra. Pelos visto era só o que me faltava. E, vai daí, veio-se-me a inspiração. Mas, enfim, o comentário que fiz foi extenso e como ia ficar para ali a esfriar, a esfriar...

Apologia da Alternadeira
«Joga pedra na Jenni! Ela é feita para apanhar. Ela é boa de cuspir»
(claro que está tudo errado, mas em pricípio é do Chico Buarque. Uma canção com uma Drag Quenn e um comandante de Zeppelin numa DogVille qualquer como há muitas.)

Choca-me, somente, a velocidade virulenta com que nos comentários se passou de alternadeira a puta. Quero crer que se trata de que uma questão estilística... assim de uma metáfora. De facto o livro foi uma grande putada. De alcance e consequências insofismáveis. Será um delírio a acompanhar em todos órgãos de comunicação social. Da revista cor-de-rosa ao semanário de referência, todos lá hão-de ir comer.

Agora, Perdoe-se lá a minha inocência mas sempre quis acreditar que existia (sei lá, até pode ser de acordo com as conveniências) uma diferença entre alterne e prostituição. Assim como...: ninguém vai para a cama com a Gueixa. quer dizer, num é suposto, se for caso disso até pode ser que aconteça. Mas num é a ideia base.

A gueixa e a alternadeira... pois, cá na minha romântica ideia, são mais na base do entretenimento light. «Anda, paga-me uma bebida que eu escuto-te.» E saber ouvir ou falar - nem que seja só com argúcia - é uma arte. (Claro que a Sherazad num é para aqui chamada, mas ela aguentou-se durante mil e uma noites. Era essa a ideia. Após o acto consumado seria morta, pois "ele" receava ser traído, veja-se lá. Mas ela aguentou-se e aguentou-o valentemente só com conversa. Muito mais complicado do que cuspir uma pastilha e ós'pois, feito o "serviço", mascar outra. Foi antes Ali (de Bábá)! Na ponta da língua!!! (Nada a haver, de facto, com a puta da liga que temos neste país de futebóis. (Aprende, pá!! E que te fique de emenda...)).

Lembra-me algumas "conversas" que levei dos meus pais. E em muitas delas... ao fim de um bocado... já queria mais era estender as mãos - dá cá unmas reguadas e acaba-se já com esta merda - pensava eu. Gramar determinado tipo de conversas, em bares manhosos com nicotina a escorrer pelo tecto e paredes, a beber aguinha, ginginha ou lá o que seja... Livra. antes um broche. ou dois. sem pontos de exclamação nem nada, que nestas coisas num há lugar para muitas veemências.

Ouvi dizer que a altrnadeiras consomem um espumante da casa que é um exclusivo-só-delas. E que quem quiser estar "acompanhado" tem de lhes ir pagando essa mistela, e tudo isto enquanto vai bebendo do "seu" e do caro. A noite toda. Parece-me que as alternadeiras são mais um negócio de copos do que outras coisas. Levar uma mulher destas para a cama é obra, uma proeza. Mas, e antes disso, elas já terão ouvido por diversas vezes: "..., só tu é que me compreendes.»

...esta conversa toda... é que, simpatizo (independentemente do profundo desconhecimento da coisa e da causa) com @s a quem já ouvi chamar de "enfermeiras do amor".
Todavia, no entanto e porém, alternadeira ou lá o que fosse e tivesse sido, Carolina Salgado tornou-se na Grande Puta. E isso, mais uma vez, num é para todos. A grande Puta, em tempos muito mais respeitáveis do que os nosso tais como a Antiguidade Clássica era uma eminente e sagrada entidade.


Up Dâite:
É que nem por encomenda. Descobri (nem vos conto como, mas num foi como parecerá), este videu-tube pouco depois


Leituras de trechos do livro "Eu: Carolina" mais paródias dos Gato Fedorento

Gato Fedorento, episódio 7

Digam-me lá se isto é coisa de Puta???
Cortar-lhe os pêlos das orelhas...
Num é, pois não?



sexta-feira, dezembro 22, 2006

Boas Festas

«Mãos e braços para quê?
E, para quê, os meus cinco sentidos?
Se a gente não se abraça e não se vê...
Estamos perdidos»

in Triste Sina
Amália Rodrigues