sexta-feira, junho 30, 2006

[Tenho de postar este cómante]

[ora aqui vai um linque: Chamem-vos a atenção os dois postes de quinta feira, dia 29 de Junho, subordinados ao tema " A favor da despenalização. A favor do voto." & "ainda o aborto...". Pois, precisamente nesse último está lá escondido este poste. Aqui será mais confortável lê-lo.]

[e agora, ora aqui vai um aviso: O teor deste comment é uma agonia. Tanto ou mais do que discutir televisão ou o liberalismo democrático.]


Cara Madalena e cara Daniela,
Antes de mais, tenho para mim que "antes um bom muçulmano do que um mau católico". Mil vezes. Paz na Terra aos hoMens de boa-vontade!
E isto apesar de considerar que foi Cristo o homem que nos trouxe a mensagem. E a mensagem é Amor. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” Amor desinteressado, amor por ti próprio, amor ao próximo. Amor 'tão forte, 'tão forte que numa lei erradicou todas as outras. Um só mandamento substituiu todos os outros dez que proclamavam que não isto e não aquilo mais aquel'outro; e tudo o resto era proibido. O Novo Testamento surgiu para que se mandasse o antigo fora (Descartem-se dele e das lógicas de Tabelião.).
Agora reparem no seguinte: Vocês não seguem Cristo, vocês seguem são Paulo, vocês seguem são Pedro e todos os que edificaram um edifício em torno de Cristo, na crença de que a verdade que defendiam detinha valor universal. Católico significa Universal, como decerto saberão.
E há aqui uma presunção muito perigosa. Muito perigosa, inclusive, para os valores de liberdade, fraternidade e igualdade que possibilitaram o desenvolvimento do livre arbítrio (O livre arbítrio é o que nos vale, é o que faz de nós homens com M grande.). Reparem bem. Há uma cisão no mundo cristão, porque o Vaticano se recusa a reconhecer legitimidade aos Patriarcas das outras seitas cristas. Crê o Papa ser o único que pode falar por Deus Filho na terra. O único intermediário no universo, o único representante legal. Acham razoável? Acham que os cristãos Coptas e os Ortodoxos estão muito enganados? Que são muito folclóricos? E os protestantes? Acham que são uns parvos, que não percebem nada disto, que têm má vontade? Pouco importa. Vocês não seguem a Cristo, seguem o indivíduo que diz que o segue. Confuso não é? Também acho.

Ama o seu vizinho? Ama os que lhe são estranhos? Olhe que são seus irmãos. Eram irmãos de Cristo, deveriam ser seus. Pensa que, se Cristo voltasse hoje, seria um homem diferente, que iria tomar mais cuidado com as companhias, sei lá, evitar os sidosos, os que têm hepatite e que arrumam carros quando num pedem trocos. Era capaz de ser irmã deles? Madalena, Daniela? Se não são irmãs porque é que querem ser mães dos outros, paternalistas, porque é que julgam que sabem melhor do que cada um sobre a sua vida. Porque é que se arrogam à pretensão de julgar saber o que é melhor para cada um que não sois vós? Porquê? Acreditam que se salvam ou que salvam os “outros”. E quem são os outros, já agora? Onde moram, em que condições, quantos filhos têm, em que escolas é que andam. Vão juntos à missa? Levam os vossos filhos às manifestações e fazem-nos empunhar uns cartazes com uns fetos esfrangalhados com um sinal de proibido em cima e dizeres “sim à vida”? E, já agora, certificam-se que estão bem penteados e melhor aprumados? E chegam e saem de carro? Essa coisas…
A arrogância, a Arrogância… minha Deusa!



Nossa Senhora Desatadora dos Nós


Alguma vez meditaram neste poema?:

«Salve, Maria cheia de Graça
Bem dita sois vós entre as mulheres
e Bendito é o fruto do V. ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores,
Agora e na hora da nossa morte.»
Assim seja!

Vêem-se como pecadoras? Pecam? E é em consciência que Lhe rogam que interceda por vós? Agora(!) e na hora da vossa morte (muito importante, para lá da hora da vossa morte, até ao dia do Juízo Final, acreditam nisso não acreditam? Porque é a única coisa que se aproveita no catolicismo. O Juízo Final, aquilo que vos põem cabresto, vos refreia. O temor de um Deus da Fúria. O Deus Irae, aos pecadores espera-os um eterno ranger de dentes, cuidado com a punição divina.) É? Olhem que há muitos pecados. Um deles é o da ingerência na vida alheia. Nas vidas que vos escapam, ou das quais vocês nem sequer querem saber. Ou querem-me convencer que compraram um telemóvel vermelho para acabar com a pobreza em África? O que sabem vocês de África? Da história das mentalidades africanas (vá lá, nem vou muito longe) do século vinte? É que vos posso contar qual é a Vantagem útil, prática e directa (em suma, pragmática) em “não” permitir o aborto na religião católica. Trata-se de uma guerra demográfica. Esperem aí, em Caps Lock: DEMOGRÁFICA, num fossem vocês fazerem confusão. A situação alterou-se um pouco no último decénio mas, em África grassa a pobreza e a corrupção. Os líderes são católicos, e entre as franjas mais pobres progride o Islão. O Islão avança ao kilometro por dia. Mas antes de isso acontecia que na Europa já se borrifou praticamente tudo para o Vaticano. Sobra-lhes muito pouco (bem, enfim… esta geração de fins de 80, 90 é um pouco maluca.) Resta-lhes a América Central e a do Sul, África e as Filipinas, coitadinhas. Num podem, nem devem perder território nem influência nessas bandas. Crescei, pois, e multiplicai-vos. Façam de nós muitos, façam de nós mais qu’ós outros, mais do que às mães.
Nas Américas há a competição ferocíssima dos Tele-Envangelistas de proveniência Anglicana, protestantes que num passam cavaco ao Papa. A ver se a Igreja Universal (tão a ver??, Universal! É fácil, num é?) do Reino de Deus paga dizimo ao Papa, é o pagas! E vão lá vão, já viram a fortuna que fizeram em tão pouco tempo? Imaginem os católicos, porque é que será que recorrem a todos os truques e artimanhas possíveis para não perder influência, poder? Porquê? Por amor a mim? A si? Ao próximo? Desinteressado? A sério?
E agora, vamos lá ver… a batalha está a ser perdida. E nem é culpa dos católicos praticantes, coitadinhos, os outros é que são mais e maus, ou mais maus. Ou bons. Em África desertam que se fartam e nas Américas igual. Por isso é que se fala de um Papa Latino ou Sul Americano. Num é porque somos bonzinhos e agora é a vez deles, isto num é as Nações Unidas. É só para recuperar élan. Força! Prestigio, ascendente.
É óbvio que num se podem desmobilizar as “forças” aqui na Europa. Uma religião dois sistemas só na China e eles dispensam. E então mobiliza-se a comunidade católica (alguma de vocês percebe peva de sociologia?) e formata-se-lhes o cérebro (alguma de vocês percebe de direito? E retórica?). Só isso explica os vossos dementes discursos.

Na china teve de se implementar a política de um casal um filho. Foi uma profunda alteração nos costumes, com consequências dramáticas mas resultados que saltam à vista. Estima-se que em menos de vinte anos a Índia vai ultrapassá-los em número de habitantes. Na Europa num foi necessário instituir politica nenhuma, facultou-se a tecnologia e foi um ver se te avias. Neste momento temos 0.75 filhos por casal. Num é um estrondo? E sabem que mais? Os emigrantes ajudam e de que maneira a inflacionar as estatísticas (Isto, a mim, só me dá vontade de rir, palavra de honra. É que é muitíssimo bem feita!).

Mas agora estou mesmo a ver, no dia do referendo hão-de sair dos lares e de suas casas todos os velhinhos que já nem quécam nem querem que se queque, mais ós católicos apostólhicos e os romanos todos juntos a não permitir que os “hippies” que vão para a praia num dia desses façam o que muito bem entenderem. Num senhor. “Estamos cá nós que não deixamos”. E depois, suas cabras, a chamarem de criminosa e sem vergonha à Carrie… Olha que francamente. Ao fundamentalismo que vocês chegaram. Gente adulta e informada, a fazer chantagem emocional. Que vergonha!


p.s. Num é a FAVOR do aborto, suas avantesmas, é a favor da sua despenalização. É a favor da opção por um mínimo de condições dignas de nascimento e formação. “Aquilo” que tenho certeza que vocês julgam poder ou vir a poder facultar aos vossos filhotes (e já agora que sejam muitos, gordinhos e felizes. E que os façam por onde vos der mais gosto!) Quiseram e querem fazer os vossos filhos por e no meio de amor, num foi. E agora imaginem… Uma outra vida. Sem horizontes, sem amor, sem confiança, ao abandono, de si, dos estudos, da rua, a machadada na adolescência, ou mesmo na infância. Uma rapariga de 15, 14 anos ainda é uma criança, desculpem-me mas é! E há tantas. Eu trabalho com escolas. Sei que há meninas a engravidar aos doze. O que é que vos parece? O que é que falhou? Foram as pecadoras de doze anos, foram os pais (ahahahah! Se fosse tão simples.) foi o sistema?, qual sistema? O vosso, o nosso ou o “deles”, o dos “outros”? que não sabem… coitadinhos! E se for uma mulher adulta funcional e integrada. O que é que tu sabes? O que é que eu sei? Quem sou eu para poder reduzir o âmbito de possibilidades que se colocam ao seu dispor. QUEM SOU EU? Para determinar e condicionar a vontade dos outros
p.s.s. Certo! As vossas primas não abortam, desmancham. Tipo, vão ali fazer um desmanche. Sei lá, a Londres ou a uma clínica espanhola. E, com um bocado de sorte ainda aproveitam as “rebajas”, que é para curar a neura. E bem precisam. Coitadinhas. Mas a não despenalização do aborto (em e numa porrada de circunstâncias condicionantes, num sei se leram sequer o diploma. Eu não, mas imagino.) vai compactuar com a indignidade e precariedade dos seres humanos que necessitem de recorrer a serviços ilegais. Num vos choca, irmãzinhas? A mim choca. Coitadinhas das meninas que vão parar a “clínicas” de vão de escada. Coitadinhas…
p.s.s. Agora e sempre me fez impressão a condição de beato. O que crê porque crê. A Fé é um acto voluntário de crença em algo que é improvável (perdão) que num é provável. Eu faço fé que dista daqui ao Porto 300 km, li algures, e acredito. Deus me livre de ir medir a distância para confirmar que se trata de um facto. Acredito porque sim, porque me facilita a vida, assim como aceitar que a China existe. Mas os beatos, dizia eu, sempre me fizeram muita impressão. Para começar, porque, apesar de ter assistido a algumas missas nunca mas nunca aprendi ou dominei aqueles códigos todos mais às ladainhas e as genuflexões. As ladainhas, então, eram do pior: metralhavam-nas! Cuspiam-nas (desculpem a imagem) cá para fora a uma velocidade impossível de acompanhar, quanto mais o que diziam. Sempre me interroguei, será que sabem o que dizem, será que entendem o que falam.

quinta-feira, junho 29, 2006

Num sabia mas fiquei a saber

(sempre a aprender):



As CocoRosie são Lindas, Lindas de morrer!

E vão estar no dia 3 de Julho na Casa das Artes de Famalicão. Eu num vou. Mas tenho pena, muita pena.

E agora fui ao baú desenterrar qualquer coisa para Vos entreter

O meu diário num será Borgiano mas é de facto para permanecer meio secreto. Nem é por nada, mas o novelo que se fia cada dia... é complexo, é indízivel, mas, na realidade tão simples como todas as outras vidas de todos os outros seres. A diferença está na óptica, no modo como nos lêmos e movemos. Deixa estar... Isto porque, para te contar um episódio de que ocorreu hoje, tenho de recuar (deixa ver) 24 anos no tempo.
Cheguei a Lisboa aos nove anos - até então estive a viver aventuras dentro do país do berlinde, que era (e é) o meu mundo muito próprio. - Aliás, chegámos, eu a minha irmã mais à minha mãe. Só nós, um granda clã! A super família mono-parental - e sim, a Diana é minha irmã, irmã dos quatro costados. Só que, eu e a Marta temos irmãos comó outros têm primos. Só legítimos, só legítimos somos uns dez (tenho sempre de os enumerar mentalmente) mais os outros, os filhos dos meus padrastos com quem partilhei vinte e muitos mais anos. Já contando com os outros filhos do meu pai mais os da minha mãe. São todos bons. São todos à séria. [re-lê isto devagarinho e num queiras compreender à primeira].

Bom, mas chegámos cá - porque tinha mesmo que ser -, e - certeza das certezas da minha mãe -, estacionámos no coração de Lisboa e por aí ficámos(e por cá fiquei, daqui num saio, ninguém me tira), durante uns tempos: vá-lá, 9 meses a morar numa residêncial porreiríssima mesmo em cima do miradouro de S.ta Catarina. Os proprietários uns queridos. Só para veres, o Sr. Carlos levou-me pela primeira (e única) vez na vida a um jogo de futebol: Estádio da Luz, 3º anel e tudo cheio, entráva-se por um túnel moldura de mar de gente, tudo "lourd" o som, as cores, a festa... Sentámos-nos e... 8-0 ao Belenses! eu já nem os via, aos golos quero dizer. Fiquei fascinado com tudo aquilo. Olhava o público e nisto gooooo-lo, gooooooo... qd virava a cabeça, já a bola estava "lá" dentro. Soube mais tarde que foi o primeiro ano que o belenenses desceu de divisão. Nunca mais pensei nisso... E, a valer, nunca mais fui à bola. 'Tás a ver como eram uns queridos?

Somos vizinhos desde sempre, mas Hoje...
Hoje passei lá a fazer umas reservas especiais de corrida. Ai min, "cá", onde trabalho, e quando se necessita, reserva-se no Hotel Borges, e um pouco no onde calha. Enfim, num tenho que me explicar... Fui lá fazer as reservas porque os quero impingir muito bem impingidinhos e porque todos nós nos merecemos uns aos outros.
Chego lá...,
já tinha falado antes e ao telefone quer com o Carlos quer com a mulher. Mas ela vejo-a pouco, não passeia o cão na rua como o senhor Carlos... varreu-se-me,varreu-se-me o nome.
Conversa com o senhor Carlos, combina-se isto e aquilo e, nisto, escuto a voz da mulher, da ama, ela era como se fosse nossa ama. Chegávamos da escola e era alí que nos davam de lanche. Na cozinha da Residêncial. Muita fishe! Marmelada e o que quisesses. (num era tão bom como o lanche no alentejo em casa da Balbina, num era... mas) era bestial.
[a partir daqui desistam de compreender!]
-- óh Sô Carlos, o nome da sua senhora, qual é?
-- Adélia.
Havias de ver a minha cara de parvo, nisto toca o telefone, era a margarida, -- 'tou! Nem tive tempo de digerir o meu espanto. Chegou a Adélia:
-- Óhhh!, Beijinho.
O cúmulo da confusão. E eu pá'li... "será coincidência, que raio de acaso"...

Sempre a aprender!

[A Cópia (já num sei em quantas vou)]

«Tuesday, March 29, 2005
«A mulher não se toma pelo raciocínio, não se toma pela súplica, toma-se e nada mais.»
Napoleão Bonaparte»
[fim de cópia]

Interessante, custa-me a crer, mas é interessante! Tudo aponta para que faça sentido. Mas eu quase que me recuso a creditar (faz-me muita confusão).

Outros aforismos então.
Este já aprendi à muito tempo:
«You never get a woman back, not by begging on your knees» Leonard Cohen

E uns da minha lavra:
«Ou Tudo ou Tudo!»;
(e, agora, cuidado, esta é capaz de ferir a susceptibilidade de alguns...)
«Mais vale só do que assim-assim!» Goiaoia


p.s. ainda assim, ainda assim, e sobre o que "aprendi" hoje, mantenho sérias reservas. Sinto-me mais... natural na expectante timidez da raposa. É uma questão de brio. Brio pessoal, e assim permaneço... ainda resquícios do adolescente autista a-social que mais que se emancipou, orgulhosamente só! É que nem sequer é sós! é só!

p.s.s. «Ai num corres, ai num vais atrás, é?» pergunta-me a minha irmã, «então, olha... (pancadinhas nas costas e sorriso de mofa), se estás melhor assim...»
«Estou!» respondo de trombas.

terça-feira, junho 27, 2006

Eis um cómente qu'até parece que tomou um ácido (e veio parar cá acima.)

Há dois textos que num me saem da cabeça. Um, desde sexta feira que merece um poste de estádio: «Felicitações Madame» um filme de Olga Roriz com realização de Rui Simões que é das coisas mais belas que me foi dado a ver em dias de vida. Comovente, belo, uma autêntica (cócó, foram-se as minhas sétinhas de para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo) (xixi, socorro desapareceu-me o control xis e o shift select...) (meu deus, agora é só letras, será que o enter funciona?? num arrisco... onde que ia?) 45688 (os números funcionam)(e s sétinhas dos números também. E assim o shift já me seleciona o [o control x funcionou] De facto, e agora voltou tudo ao normal. Até as setinhas normais já funcionam. Que susto, que tripe...!).

Uma autêntica gesamtkunstwerk. Werk é trabalho, o resto... já sabem... podem ir buscar ao sítio do costume. Ou esperar por um dia destes.

O outro texto que pretendo fazer é [que giro! já reparam que agora num se diz escrever um texto? mas sim fazer um... ou será que sou só eu? Deixem estar.] sobre o meu ódio à cor preta. E o deslumbre mas confusão que me fez a paixão que o teu* blhógue me causou, imprimiu. E depois, e depois as fotografias ficam tão bem num fundo preto.

Três, afinal são três. Estive hoje para cima de cinco horas no CCB com «Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura» mais a sua Ministra numa «sessão de apresentação pública dos ante-projectos de diplomas que consubstanciam a nova regulamentação do Apoio às Artes» que foi mais rir que chorar (ou será que foi ao contrário??) sobretudo quando correram com a imprensa (e ainda bem!), mas esse assunto há-de ser bem mal-tratado nos jornais de referência, e assim é melhor ficar. Porque até o far west é pequeno demais para o que gostava de dizer.

* "isto" era suposto ser um cómante para a Dia, mas saiu ao lado.

segunda-feira, junho 26, 2006

Muito Bem! Ontem, ou lá o que é,

...Foi Lua Nova, e hoje, estou a um passo do milésimo visitante (actualmente vou nos 997), e então e então: Vi a Luz!

p.s. sursum corda é corações ao alto! em latim, isto para os que num se derem ao trabalho de o googalizar... ou mesmo, wikipedár.

domingo, junho 25, 2006

Ora aqui vai mais uma cópia,

há já um tempo que num as fazia. Mas esta é terrível, esta é das que num se fazem. Ora vejam lá que vem de um sítio protegido por um tal de um (vou buscar...) «do not (ái, aliás) Page Protected By COPYSCAPE - DO NOT COPY». E agora o que é que eu faço...? é que o aparelhómetro diz que me vai descobrir: «plagiarism will be detected by Copyscape.» (Búúúú!) Meeeeeeedo...

pois Cupio pois claro, e já agora com erros e tudo. Que era quando as cópias eram giras: «Então?!?! dá-se erros a fazer uma cópia?».
O máximo que me há-de, pode acontecer é ouvir um "o menino é feio, isso num se faz" ou, só, «Não faça mais isso!» Está bem! hei-de responder, se e quando for necessário.

Entretanto, vamos ao crime:
«Descubro, que a cada dia que passa, deixo de me esforçar por agradar ou ser simpática. Que digo aquilo que penso quase sem controlo. Já antes o fazia. Mas sentia muitas vezes que deveria ter dito mais. O que pensava. E não dizia só para não ser desagradável, ou mal interpretada. Detesto ser mal interpretada e depois perco-me em justificações e divagações que só confundem mais os outros. Até na escrita sou assim. Há que usar sempre a diplomacia e a boa educação, mas sem cortar as pernas à verdade. A minha. Pronto é a minha verdade, mas a minha verdade é aquilo que sinto. Em relação a tudo.»

E agora cá te espero, Lyra.
Cumprimentos e obrigados

p.s. Quase, quase, quase que podia subscrever integralmente este excerto de texto. Pois daí a cópia.
p.s.s continuo à procura da tal «Dias de Princesa». Úh-úuuh, where are you?
p.s.s. O único aqui que dá erros sou eu. O texto copiado num tem, repito, num tem nenhum erro. Está impecável, e nem vale a pena ir por aí. Era só mais uma das minhas intraduzíveis "privates".

Se ele há coisa que me desagrada é o Não...

poder comentar livremente!
[prólogo]
Se há coisa com que desatino é tropeçar no «a moderação de comentários foi activada» e ú blá blá, blá-blá-blá subsequente. Mas olhem lá... qual é o mal de emprenhar de ouvido ou por outro lado qualquer?? E depois...? Ele num existem ferramentas e previlégios de administrador para remover à posteriori o cómantes desagradáveis. Cheira-me a um exercício desmusurado do poder do «Não!».
Alto! escute-se e entenda-se que isto num é uma crítica dirigida a ninguém em particular muito menos ao senhor lincádo já aí em baixo. Estou a emitir uma opinião, nos moldes rudes a que vos habituei, mas é só isso.


[cómante]
«Sim! Luís, deve ser isso. Sim, apesar de um pouco escura, dá para perceber que é natural, que existe "aqui" uma composição ou uma ordem fractal, mas escrevo-te por outro motivo.
Em subtítulo avanças que nunca se deve substimar o poder do não. Sim, Luís, tens razão. Quem "o" não aprender a usar nunca estará feito e acabado, será sempre sujeito às mais diversas e desagradáveis situações que um Não! evita liminarmente. Mas no entanto, e no porém das coisas, ele há muito(s) mais a num substimar.

Nunca substimes o poder de poder pedir!, em qualquer circunstância e o que quer que seja. Tu pede o Mundo, e o pior que te pode acontecer é ouvir um não, e na melhor das hipóteses, ouvir um Sim!. Pedir as coisas, e já agora com bons modos, é um poder inestimável.

O poder de dizer Sim! é ainda mais valioso. Se conquistar o "não" é um "great achievment", ser-se-á sempre incompleto antes da acepção e comprensão do uso judicioso do Sim. E do poder oferecer: tudo e mais umas botas. Tu com um sim podes fazer um mundo, enquanto com um não num fazes nada (Nada, zero sem aro à volta.).

Ab. Goiaoia

p.s. gosto e gasto muito pouco o não. De resto, num me recordo da última vez que "o" tenha utilizado tanto e de seguida.»
p.s.s. só mais uma coisa, tropecei na morada lincada enquanto procurava um tal de um Blhógue sensacional de uma tal de "Dias de Princesa". Alguém me pode ajudar?

sábado, junho 24, 2006

Isto tornou a ficar muito escuro II


O ""Bom" Selvagem" a atirar-se à Boa da Marlene.
[porra, esqueci-me do nome do autor, mas é de um britânico que sozinho fez mais pela arte Deco que muita gente junta (Um gajo muito sofrido, muita gótico.). E atentem bem no estilo de transição. Esta ilustração vem da estória de "Rapunzel"

Eu desmarco-me! E tomo posição.

Estamos mal...
Um dos meus blógues favoritos (ora atente-se que até retirei o agá e tudo, em manifestação de respeito) está na merda! E eu tenho pena, muita pena!

O quê, como, onde, quando e porquê? Eis uma estória em que sinto alguma dificuldade em contar... Vou começar com um linque, mas vocês não se dispersem.

Ao que parece, este blógue já foi de referência, mas, e eu sou um neófito nestas andanças, cada vez que (deslumbradinho) falava nele aos meus, praticamente inexistentes, amigos da blhogósfera recebia invariavelmente a mesma resposta:
- Ah! esses... - e, depois, com condescendência - "Isso" já foi muito giro, nos tempos do "Bom Selvagem", mas depois ele saiu e deu o blógue a num-sei-quem. E perdeu a piada toda.
- Perdeu??L? [lá estou eu... (!)]

Ai é? perdeu a piada?? Bom, deixem-se estar que eu vou ali dar umas gargalhadas valentes e já volto.
Postes como:
«Querido Davide» de 4/21/2006;
«Davide» de 4/13/2006;
«terramoto» de 4/15/2006,
fizeram as minhas delícias. Certo, foi um momento particularmente "feliz" da Marlene, mas, e ainda assim, nunca mais deixei de os acompanhar. «Os»L (ai) ! [bom, já chegaL (ai, outra vez)!]. Digo «os» porque "eles" são dois. É a Marlene e o Def. (É, ou era(m), porque agora está tudo parvo.) Mas o Def, e no início, não me merecia grande consideração. Sobretudo, porque os seus postes alimentavam uma corja de alarves entre os quais pontificava o "coelhinho Tê". Mas enfim, tasca é tasca, e esta, se bem que às vezes ficava uma bodega (ver: 5/2/2006 «amor inter-racial»), ainda assim, fazia sempre questão de, nas minhas voltas, lá dar um pulinho.

Entretanto a Marlene fazia o perfeito papel de "Patroa" super esperta e filha da puta como me lembro de a ver no "Johny Guitar" ou noutros desses filmes de cowboys, com sallons e respectivas personagens femininas à lá Corto Maltese. (iu nou uárai min?)
Enfim, para mim a Marlene era "dose", para os outros era demais. Sobre este aspecto, aconselho-vos a dar uma vista de olhos... ai, já num é possível... As caixas de comentários foram-se, desapareceram... Censuradas! Pois é essa estória que vos quero contar.

A produção literária da Tasca da Cultura lá se mantinha, regular, mais ou menos boa. Mas sempre que a Marlene postava lá vinha um coro de:
«- Tu Tá Masé Calada!», «O Que Tu Queres Sei Eu», ou, mais raro, «Eu Faziate e Comiate, Mas Tá Masé Caladinha!». Havia muitos «Tens a Mania...!!!» e «Julgas Qués Melhor Cós...». Enfim, está ilustrado o suficiente. Mas a Marlene continuava a servi-los, com maus modos, é verdade, mas a servi-los. E entretanto o Def conseguiu, a pouco e pouco, mas mesmo muito a «pouco e pouco», surpreender-me. "Nisto", ou, de súbito, ou, afinal, o gajo era o tipo sensível, o "Querido" de serviço. Tipo, o Bom Polícia e a Marlene o "Bad Cop". Parelha impecável! O que um matava o outro esfolava, e vice-versa, ou duas mãos, em que uma lavava a outra.

De repente, & out of the blue, aparece o "Bom Selvagem" com um texto maradíssimo que só consigo comparar à besta do «SEPARATISMO-50» (ver: «biqueirada na sic comédia, a brincar a brincar» de 6/14/2006. E a Marlene respondeu de imediato com um desmarcanso super agressivo, mas muito merecido. Bom, o "...Selvagem" mandou-se ao ar e foi aos arames, e, entretanto ainda arranjou tempo para ter um "ataque". De mau gosto, reles e de muito baixa condição, com um nível de argumentos que me apanharam de surpresa... Então este é que é o tal gajo muita fishe muita shiro? (esperem lá só um bocadinho que eu vou ali chorar, carpir as vossas opiniões.)
Estalou o verniz, e foi uma autêntica vergonha, porque a Marlene, mão na anca (como qualquer patroa que se preze), deu-lhe troco. (ver postas subsequentes à do "...Selvagem". E nisto surge-me o Def em todo o seu esplendor, preocupadíssimo quase consternado com a situação, mas a desmultiplicar-se em acções de mediação. Um verdadeiro conciliador. Tarefa na qual o seu desempenho fez com que subisse milhares de pontos na minha consideração.

Certo. Mas, se a estória acaba assim, para o que é que nos serve? qual é o ponto.

O ponto é fazer queixinhas. Então não querem lá ver que o ########## do "...Selvagem" "convidou" o Def a retirar as caixas de comentários?!?!?! Agora a "Tasca da Cultura" tornou-se no que eu chamo de "Fora de Brincadeiras": «podes ver, mas num podes tocar. A bola é (ou, afinal sempre foi) minha! e eu sou o senhor Scolari...» nhãnhãnhã.


p.s. Cada # equivale a um caracter.
p.s.s. O senhor Def ascendeu à categoria de Conciliador com sê grande. Enquanto escrevia este poste a sô dona Marlene voltou à tasca. Vou lá ver, mas ela borrou a pintura, lá isso borrou.
p.s.s.s. Só mais uma coisinha: reparem que, apesar de ser um dos meus blhógues favoritos (pois) é o único que num linquei aqui neste espaço. Tinha vergonha. Duvido que me passe... entretantos, mantinha o linque escondido no "pontinho de fuga" ou lá o que é. É onde guardo os blhógues que são para a palhaçada.

sexta-feira, junho 23, 2006

Isto tornou a ficar muito escuro



Pode ser que um Möbius Escher ajude... e daí talvez não.

«...sou seda vermelha de vontades.»

Fiquei impressionado!

[p.s., lamento, mas num tenho condições para lincar devida e convenientemente o autor do titulo]

quinta-feira, junho 22, 2006

Mudei de ideias, de cómante passou a poste.

[ai! de facto num tens e-mail... paciência! pois, ora então, desculpa-me lá, mas vou-te afogar a caixa de comentários mais um bocadinho.]

(editei uma presunção)
Acabei de perceber tudo!:
Ligou-me a minha Irmã a comentar (e olhem que isto é raro. Está bem que só tenho blhógue à coisa de meses, mas, mesmo assim, a minha bela Irmã é contra. E ao que parece (espera, deixa ir ver... lol!) pois, (a Marta é muito intuitiva, toda ela muito Leoa.) então ligou-me a comentar:) os dois postes d'hoje (Para além disso deixou-me um cómante! Da fârst úane!).
- Olha lá, como é que te foste lembrar da Teresinha??
- Ah! Isto e aquilo...
- Pois... mas escuta, mas como? Hoje enganei-me numa estrada e vê lá tu que tive de ir dar uma volta de 30 km, e a passar – precisamente – na terra dela...
- A sério...
- Que coincidência... (...)
Foi muito simpática e perguntou-me pela menina que (aparentemente [ma num é vero. Tratou-se de um esforço para escrever um e-mail para um personagem que eu cá sei, um 1.º "chapado"]) os tinha despoletado, tipo, mas quem é? E eu lá expliquei, aquilo que na realidade num sei, a personagem que desconheço: - ah! assim e assado.
- Mas olha que ela sofre muito!, âhnn? - respondeu-me a Marta,
- Pois, eu sei... [sei? por acaso até sei! ((mas num parece)) e é uma das outras coisas que me irrita (parágrafo para não gastar as exclamações.)].

Escuta (e já percebeste que se me perdoas ou não acaba por ser um pouco igual ao litro, "né" ce pas? (devia medir as minhas palavras)), num é que sofras muito... tu sofres é demais, Pirilampo Submerso (acabei de descobrir o teu nome)
E as minhas observações não pretendem ser gratuitas, não pretendem ser maldosas.
Pretendem, quanto muito, manifestar o meu mal-estar pela "barragem" de (ai!) (...)[censurado] (...) que encontro de cada vez que me aproximo de ti, do teu ciber-cérebro (num há redundância que me valha.)

E então, fui-me perdendo em pensamentos de cada vez que te lia. Até que me assaltou esta ideia (que só agora intuí em toda sua plenitude) de que, sendo muuito diligente, ainda assim... abres um buraquinho e escondes por lá uma série de talentos de que (num sei...) [censurado] Sei lá se é isso, mas lá que (... inenarrável ...).

Em suma, gosto de ti! Mas às pessoas de quem eu gosto não tolero nenhum mal, nem mesmo e muito menos, [####-#########]. Estou desolado, mas trata-se de algo superior à minhas forças. É perguntar a qualquer uma das pessoas que aprecio e que me conheça.
Mas, e o que é que eu sei? Rien!

Peço-te um favor: vai-me perdoando estas e outras... mais as confusões.
Felicidades para todos'teus empreendimentos

p.s.: Obrigado, adorei os teus elogios.
p.s.: e, também (na altura) adorei o poste do bispo e do venerável no «Sá da Bandeira», acabei de o reencontrar numa pesquisa lenta. (não houve índice remissivo que me valesse, tive de ir um a um, até ao telefonema da minha Irmã.)
p.s.s.: whatever...

O prólogo

[As minhas mais sinceras desculpas... Mas, cá está, aproximando-se:
Maizum poste de palmo e meio com "ganso". (quem é que aqui jogou ao guélas?)]

(...) Nisso e em diversas "coisas": a vida num é só cinema ou gelados. Há milhentos de outros aspectos. Mas este é fulcral, e, quanto mais penso nele, quanto mais desfio o novelo, toda uma porrada de assuntos se embrulham. E daí fiquei a ruminar, a ruminar...

Tivemos uma (bem, várias. Mas esta é e foi especial) empregada, uma mulher a dias que, entre outras coisas cozinhava que era um espanto. Existia nesta nossa ligação (a empregada que trabalha para uma família de seis pessoas) uma série de idiossincracias ou aspectos curiosos: A mulher sozinha tinha mais dinheiro que todos nós juntos, proprietária de imóveis e com uma gestão contabilistica do arco-da-velha que lhe permitia ter num sei quantas dezenas de seguros de vida. Ora estes seguros de vida eram uma espécie de conta corrente de poupança!?! Andava sempre a pagar mensalidades dos seguros, só que, como já fazia "isto" à anos e anos (contem para mais de vinte) também estava sempre a receber prémios (Por acaso já num me lembro se as mensalidades são os prémios se são os quê. Num faço seguros.) Mas aquilo era uma abono: fiqua sabendo que esses seguros não são vitalícios, têm um prazo. E findo o prazo devolvem-te o dinheirinho que andaste a depositar durante vinte anos. A senhora já na altura tinha para cima de 60 anos. Mas continuava, furiosamente, a fazer seguros. Também tinha um carro, um Mini Morris original, que fez com que aos trinta anos se tenha decidido a ir para a escola para se poder habilitar a uma carta de condução. Fez o exame da quarta classe e meteu-se nas aulas de condução. Tão nervosa, tão nervosa com a ansiedade que só passou à terceira. Sugeriram-lhe um truque: «antes do exame bebe um cálice de vinho do porto», e ela assim fez e ficou tão alegre, tão pateta, tão descontraída que passou logo.
Nunca bateu, nunca pagou uma multa: bem, uma vez multaram-na por estacionamento indevido. Só que a Teresa (teresinha para os amigos) ficou tão chocada, tão chocada, que foi fazer uma exposição lá para os lados de Santa Marta. Conseguiu arrastar um polícia até ao local do "crime" e o senhor bófia foi obrigado a constactar que o sinal regulador de trânsito estava tapado por um arvoredo. Deram-lhe razão e retiram-lhe a multa. Acredita, trata-se de uma mulher de armas. Tinha vários sonhos, concretizou-os todos! E deu-me várias lições de vida. Entre as quais, com os seus exemplos, explicar-me por Á mais Bê a parábola dos sete talentos (quer dizer, num me contou a história, mas ajudou-me a percebê-la muito melhor) [reparem que me dei ao trabalho de "o" partir meio]:

A blá-blá-blá dos sete talentos:

«Era uma vez, à bué e bué da séculos, um senhor proprietário de muitos terrenos e detentor de uma fabulosa fortuna. Um dia teve a necessidade de se preparar para uma looonga viagem de negócios. Tinha três empregados a quem chamou e confiou uma soma de dinheiro dizendo-lhes o seguinte:
- Vou ausentar-me por tempo indeterminado. Peço-vos que sejais os meus fiéis depositários. Guardai pois, cada um, sete talentos de ouro.
Assim o disse e assim o fez. E depois foi-se.
O primeiro dos empregados viu-se com a guita na mão e assustou-se com a responsabilidade. Pensou, pensou e disse: Bom! então, até já... e pirou-se para um sítio que só ele conhecia, olhou em redor, viu que num estava a ser observado, abriu uma buraco e escondeu, muito bem escondidinho, o dinheiro todo. Mais tranquilo e sossegado voltou a sua vidinha.
O segundo olhou para a fortuna que tinha em mãos e pondo-se a pensar chegou à seguinte conclusão: «Mén! que sorte... bem... vou apostar uma béquinha nas corridas de camelos.» E, assim, no sábhat seguinte dirigiu-se ao camelódromo e, judiciosamente, fez os seus cálculos e apostou forte e feio. Não meteu tudo no mesmo "cesto", foi esperto. Fez um cálculo de probabilidades e esperou pacientemente... Perdeu tudo, bem... recuperou meio talento. Mas, desesperado para recuperar os outros, pois, também esse perdeu.
O terceiro... [vou ali atender umas crianças]
Bom, o terceiro sentou-se. E ficou a olhar para a responsabilidade que lhe tinha sido conferida: «Mas o que é que eu faço agora?» E, enquanto pensava, reparou que não tinha recebi instruções nenhumas. Que o patrão nem lhe tida dito para fazer "isto" nem para num fazer"aquilo", uma total falta de indicações é por si só uma grande indicação. «Éh! Carta branca para gerir o dinheiro que o senhor me deu.» Concluiu, e, então, pegou numa das moedas de ouro e no dia da feira foi lá ver se se podia arriscar nalgum negócio. Viu, viu, pensou, pensou, e, após profunda análise arriscou investir nuns ovos. Comprou uma data deles, pagou com o talento e recebeu dois terços de troco. Voltou para a "sua" terra onde os tentou revender. Bem..., vendeu tudo. Repôs o talento que faltava e, com o lucro (um terço de talento) voltou à feira e tornou a comprar ovos. à terceira, já mais confiante com o mercado de oferta e procura tornou a ir ao fundo de maneio do senhor e com um talento comprou um galo e duas galinhas poedeiras. Nunca mais comprou ovos, agora era produtor.

Entretanto o senhor demorou, demorou, mas quando voltou pediu contas.
Lança-se o segundo logo a seus pés, chorando copiosamente e batendo com a testa no chão: «Ai! Ai! Ai!»
- Mas o que é que se passa? - pergunta o senhor.
- Ai!... Senhor... Assim que partiu caiu-me a responsabilidade dos talentos que me tinha confiado, fiquei desejoso de lhe retribuir a honra com que me agraciou. Então arrisquei... mas perdi tudo. Buáááá-ááá Ááááá, (snif-snif)!
- Mas como perdeste tudo, era uma fortuna.
- Apostei! Buáááá-ááá
- Certo... certo... - (enchotando-o com o pé) e virando-se para o primeiro, interroga-o com o olhar.
- Também eu senti, Senhor, o tremendo peso da responsabilidade que por sobre mim recaiu, e, então, guardei-o muito bem guardado num sítio que só eu cá sei, e nunca mais lhe mexi. - terminou sorrindo.
O senhor, de cara velada, retroquiu-lhe - Certo, vai lá buscá-los! - É que nem precisou de terminar a frase e já estava o fulano de abalada.
Foi num pé e veio noutro, ofegante. Aproximando-se repeitosamente, de imediato largou os talentos nas mãos do senhor, como se estes o'stivessem a queimar. E, entre vénias, acrescentou - Aqui estão, todinhos, num falta nenhum. - Com um aceno o senhor dispensou-o, e, virando-se para o terceiro perguntou-lhe:
- E tu, desgraçado, o que é que fizeste?
O terceiro de imediato abre uma bolsa que trazia à cintura - Aqui estão senhor, os talentos que me confiou: Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete. - Uma a uma, as moedas passaram de mão. - Mas tenho mais para sí, Senhor! - continuou - Aqui estão mais nove talentos que lhe pertencem, pois realizei-os com o capital que me disponibilizou. Para além disso, passámos a ter uma nova capoeira que nos fornece, todos os dias, cerca de uns trinta ovos. Estou agora a investir no comércio de lãs, pois comprei também umas cabras, por mor do leite, mas agora são tantas que já as tosquiei e recebi mais algum rendimento. Tudo isto obviamente que lhe pertence.
A cara do senhor iluminou-se num sorriso. Vejam lá que até chegou a dar-lhe um abraço de contentamento.
- Pois fica com o dinheiro do lucro que conseguiste. Muito mérito tiveste. - virando-se para o primeiro, acrescentou - Já que gostas tanto de escavar buraquinhos vais trabalhar para as valas. Nas minhas viagens tomei conhecimento de um novo conceito muito interessante e obrigo-te a pô-lo em práctica. -
Virando-se para o segundo, disse - Tu! considera-te desde já ao serviço de um novo senhor. - virando-se para o terceiro, perguntou-lhe:
- Não se importa, pois não? Imagino que, com tanto trabalho, lhe faça falta um escravo. Entretanto quero fazer-lhe um "briefing" para o informar sobre uns assuntos... Pois gostaria que ficasse responsável pela implementação de uma rede de "saneamento básico" aqui nas minhas propriedades.
- Áh! mas, e as galinhas e as cabras...
- Óh! homem, compre mais um escravo, é para isso que o dinheiro serve... (fazendo um gesto expressivo) Para nos facilitar a vida. - E tornando aos outros:
- Estão dispensados da nossa companhia. Retirai-vos! - E os dois lá foram, infelizes, enquanto o senhor e o seu predilecto, pois, casaram-se, tiveram muitos filhos e foram felizes para sempre.»

Bom! A estória num é bem assim. No original há bué de «ranger de dentes» e essas coisas. E, muito importante, o senhor não atribuiu a mesma quantia de talentos a todos, um ficou com pouco, outro assim-assim e ainda outro com mais. Mas para o que é que serve esta estória.
Se é verdade que não nascemos todos com os mesmos talentos, também é verdade que há, no entanto, a responsabilidade de os desenvolver, cultivar e investir de modo sagaz.
- Mas o que é que a Teresa tem a haver com isto? - perguntas-te tu.
- Teresa, qual Teresa? - Perguntas-te tu mesmo à séria.
- A Teresa que andava sempre a fazer seguros de vida...
- àh, essa, sim! o que é que tem a haver?
- Sempre me impressionou o que ela conseguiu desenvolver com os parcos talentos com que veio ao mundo. Sei lá... Nasceu em Figueiró-dos-Vinhos, os pais num sabiam ler nem escrever, a irmã vende malaguetas exóticas na feira da Malveira (também não está mal!) e, a última vez que vi Teresinha, não dava vazão aos pretendentes... Suponho que tenha casado novamente e sido feliz para sempre.
Enfim, toda a sua história de vida que não consigo contar aqui.
Em comparação com ela sempre me senti um desgraçado. Um indigente, um cábula, um preguiçoso, e sabe deus a conta em que me tinham. Pois a ela todo o mérito, e a mim, que na altura tinha aí de uns dezasseis aos vinte e muito poucos, «um eterno ranger de dentes». Por acaso passou-me, mas duvido que algum dia lhe chegue aos calcanhares. Tal como via a coisa, ela até pode ter nascido com um terço de talento, mas aplicou-o como deve ser e fez uma pequena fortuna, enquanto eu esbanjava-o, a torto e a direito: acho que era capaz de o apostar. E de o ir perdendo. Mas diverti-me que me fartei. É isso: fartei-me.

terça-feira, junho 13, 2006

à espera

“Nos caminhos feitos o homem está parado e um homem parado não serve para nada”

(in Rio Turvo, Branquinho da Fonseca)

domingo, junho 11, 2006

Lua cheia!






(ouçam esta muziquinha)

quarta-feira, junho 07, 2006

Lamento [a Dia é que tem razão. Já estou pior, muito pior do que num sei quem]

o absentismo forçado.

Aos meus [é bem feita! afinal, passaram para 11/12, com dias de 4] visitantes regulares, os meus melhores cumprimentos.

(Quem é que citava Fernando Pessoa (a minha ignorância num me permite arriscar o heterónimo)?... Será que foi o: «Que bom ter algo que fazer e (pois) não o fazer»)

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APEDEITE
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24.Jun.2006

Afinal 8 (oito). É verdade que são poucos, poucos mas lindos.



p.s., E Faro?? Quem é que... quem é que à bué da bué da "táime" (ou à tanto quanto possível) me vem acompanhando desde lá de longe? Pois bem, mereces a medalha, a bicicleta ou mesmo a faixa da "Simpatia Acanhada mas Persistente".
A este visitante em particular um grande bem-haja!, aos outros igual.

29.Junho.2006



5.Julho.2006
(O que é que foi que eu disse, o que é que foi que eu fiz....)


Pá... o "gajo" de faro desapareceu. Mas o de Évora é lindo, amo o visitante de Évora: Vem mais vezes, vá, traz uns amigos também.

quinta-feira, junho 01, 2006

Free at last!

É incrível como dois minutos apenas podem fazer um bem desgraçado.

E, aliás (óh sim sim!, óh sim sim!), deves ter toda a razão:

Já Gil Vicente o dizia:
«Mais vale Burro que me carregue
Do que Cavalo que me derrube.»

Só para terminar. Num se fez mal nenhum, é que nem mal nem bem. Nada se fez. E aí... o que é que aconteceu? Que medo foi este: o de ser feliz ou o de ser infeliz?