quarta-feira, agosto 30, 2006

Trafuncas will be back

Bob Dylan - Blowin' In The Wind, duração 02:55


Bob Dylan, em 1963, na primeira apresentação pública de "Blowing' In The Wind"
«Very rare!!» dizem os gajos. "Folk Songs And More Folk Songs; WBC TV May 1963"

Atribuo os créditos deste vídeo à Madame Vendaval e ao Eremita de Albufeira


Sim, eu sei. "isto" continua a num ser poste nem coisa nenhuma. amanhã, prometo e juro e vos garanto à confiança, afinfo-vos-lhes com uma ganda postada.
Já está em draft.

terça-feira, agosto 29, 2006

Ostras?!?

Num gostas de ostras?

No que fores encontrando, pois... num sabes o que perdes.

sábado, agosto 19, 2006

Muito Bom! (um, dois e três)

(desculpem lá, num dá para mais (senão do que para lazy-style:))

«E tal foi a comoção da deslembrança (existe esta palavra? O word diz que não, mas eu não quero repetir a palavra esquecimento e a preguiça é muita para ir catar o dicionário de sinónimos a alguma secretária desarrumada de jornalista, e encontrar outra diferente que queira dizer o mesmo, e tenho que dizê-lo, é tão estúpido, que tenho que o dizer, é só mais uma linha, não deseperem: há três linhas atrás quando escrevi word, ó santinho, o nome do dito cujo, ele também o sublinhou a vermelho, sofre de amnésia, não sabe quem é, está desorientado,»
muito bom!


«O verão chegou de repente com temperaturas diferentes dos registos habituais naquele lugar, húmido e sombrio.
O ar estava seco, sempre que tocava na porta do carro apanhava fortes esticões provocados pela electricidade estática.
Na rua deserta, passou a habitar uma figura que podia ter chegado do céu ou do inferno.
Sentava-se nos degraus da entrada das casas e ali passava horas a fio em absoluta concentração ou em absoluto delírio.»
Fantástico!


«Falei-lhes baixinho sobre as fadas e os gnomos, contei do unicórnio de crina azul e do centauro ruivo, disse que o laranja que agora estava nas paredes do quarto era fumo do cabelo do centauro, inventei baleias com asas, borboletas que falam e todas as coisas de que me lembrei e em que nenhum adulto acredita. Faltou-me o acreditar na história e eles notaram. Deixei de saber fazer a voz das navegantes da lua (que irritantes que são) e o Peter pan tem agora a voz igualzinha à sininho e nem os pós de perlimpimpim a salvam de ter a voz igual à minha, embora com um pouco mais de energia para esconder cansaços meus. (..)
Fecho os olhos e vejo-os bebés, e faço uma voz misteriosa como quem vai revelar um segredo nunca antes revelado e conto-lhes que o Peter pan segura a Sininho entre as mãos sempre que fala com ela. E nos olhos cheios de pureza vejo que já não duvidam do centauro ruivo, do unicórnio de crina azul nem da borboleta que fala.»
Um abuso! (da minha parte claro, esta transcrição é enorme, mas vão lá ver o contexto, please, e eu juro que desligo a musiquinha (...em breve).

ps e ainda: «O Santo partiu-se. Caiu e partiu a cabeça. Não era de estranhar se não fosse já o terceiro a que isso acontece. Sempre a cabeça. Zás!»
Um prémio a quem descobrir a autoria. É díficil... Têm cinco minutos! Que já estão a contar. Palavras mansas e de conforto para os retardatários.
pss(isto faz-se? ai min, este género de concursos são blhógo-eticamente admissíveis?)

domingo, agosto 13, 2006

A conspiração das Avózinhas

la migration bigoudenn, 01:50 (o resto são créditos finais, um minuto, dá para crer?)


Quem quiser ver esta saborosa delícia, com um pouco de melhor qualidade (Quick Time), vá aqui


Ou então... ó então, conhecer mais sobre esta escola de animação: Gobelins
Sugiro este (é o que queria postar inicialmente, mas optei pelo o outro) 01:51, para recomeçar.

(via Patricia Metola (é mesmo assim, sem acento nem nada, e, via Ana Oliveira).

Sardinhando, em Portimão, à dois anos atrás



O Senhor meu Pai








Mais cedo, em casa e antes da praia


Em Vale de Santeanes

Três Blogues Bestiais (bom, quatro...)

[cópia Lazy Style]

«O que já me ri com as respostas do Tiago Galvão a um questionário sobre sexualidade feminina

Idade: 21

Profissão: nenhuma.

Tem alguma relação de compromisso? Sim, com a minha mãe e a minha avó, minhas estimadas cozinheiras. Uma relação de escravidão, pois claro.

Há quanto tempo? Desde que descobri que não gostava de atum. Sobretudo enlatado.

1. Defina a sua orientação sexual. Vertical quando estou deitado. Horizontal quando estou em pé.

2. Descreva aspectos determinantes da sua personalidade. Esta é difícil.

(...)

IF: Como deve ser estimulado para atingir um orgasmo?
TG: Como deve ser.
IF: Em que circunstâncias e como atinge mais facilmente um orgasmo [masturbação, penetração vaginal, manipulação do pénis por parceira, sexo oral, relação sexual e manipulação do pénis]?
TG: Em circunstâncias muito delicadas. Sexo oral? Se não envolver retórica e não se estiver a referir a Cícero, então não sei do que está a falar.
IF: Que zonas erógenas e práticas sexuais o excitam mais?
TG: O rabo (dela).
IF: Porquê?
TG: Porque um rabo é um rabo é um rabo.
IF: Consegue ter mais do que um orgasmo por relação sexual?
TG: Se não adormecer e estiver acompanhado por uma equipa de paramédicos com um desfibrilador à mão, talvez. «(Continua)

No excelente Diário, [via Miss Pearls,] via Desesperada Esperança»

quinta-feira, agosto 10, 2006

(cof, cof), parte II ou III



Já assaltei o blogue desta meninA'na 'na para aí umas duas vezes.
Entretanto o seu linque estava cada vez mais distante e longínquo lá para baixo. Sempre que a queria visitar tinha de me socorrer do índice remissivo. E num tarda nada estaria "perdida" no meio dos arquivos. Linquei-a hoje com um título enorme e extenso (adoro redundâncias) mas que é provisório. Em princípio, virá a ser "A... Entre Outras Coisas".

*apedeite*
Este foi díficil e ainda não estou satisfeito.
Através desta ilustradora tenho revisitado o imaginário dos contos de fadas através de incomuns lugares-comuns. Trata-se de um verdadeiro ´(e ónesto) diário gráfico que guarda imensas princesas e sapos encantados, para'lém de uns corações espalhados um pouco por toda a parte e entre outras coisas.
Uma das minhas estórias favoritas na infância era a "Guardadora de Patos". Uma princesa que se atreveu a comparar o senhor seu real pai com o sal-gema, enquanto as irmãs o declaravam rubis topázios e esmeraldas. É escorraçada, admitida a serviço noutra corte real e explorada e enganada por uma companheira criada, que se apropria do vestido da princesa e, com ele, consegue seduzir o príncipe
Cantava ela, enquanto pastoreava os patos:
«Pata aqui, pata ali
Filha de reis a guardar patos
Foi coisa que eu nunca vi» (bis x2)
O que eu queria mesmo chamar-lhe era "AGuardadora de Sapos" (o duplo Caps Lock num é inocente). Não ficou assim mas, mais ou menos, parecido.

quarta-feira, agosto 09, 2006

É sempre a mesma coisa...

(cricar na foto)

Ficamos todos a Vê-lo pastar.

É impossível passar os olhos...

...por qualquer jornal, de qualquer dia, mês ou ano, sem descobrir em todas as linhas os traços mais pavorosos da perversidade humana [...] Qualquer jornal, da primeira à última linha, nada mais é do que um tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, linchamentos, torturas, as façanhas malignas dos príncipes, das nações, de indivíduos particulares; uma orgia de atrocidade universal. E é com este aperitivo abominável que o homem civilizado rega o seu repasto matinal.

Baudelaire, 1860


E vai daí, Blogues desta natureza interessam-me muito

Tchéque Dis Aut!



The Brick Testament by The Rev. Brendan Powell Smith

Trata-se de um enorme e exaustivo trabalho de levantamento de alguns dos aspectos mais relevantes… mais relevantes da Bíblia - o que contempla, diga-se de passagem, o Antigo e Novo Testamento. (Bom, ele haverá pessoas a considerar os critérios um pouco viciados, mas ainda assim... lol e ahahahahahah).



Neste momento, neste momento, recomendo sobretudo uma passagem de olhos pelo JUDGES, com 39 estórias e 435 imagens. Muito recreativo!


Eis um exemplo:
Reveja-se esta estória, só que agora muito mais à séria e como de deve de ser e bem e ainda melhor contada.

terça-feira, agosto 08, 2006

Estados de espírito passados num movem moinhos



(é mais pela legenda do que pela a imagem. A imagem... bom, pode ser que faça sorrir alguém.)

Mais um pedido de...

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...


Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espectáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espectáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.

Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...

Álvaro de Campos