terça-feira, julho 25, 2006

Estes, hoje, tiraram-me as palavras da boca

(Eis os 2 minutos e 14 seg. mais compridos que vi em dias de vida)


The Big Lebowski - F_cking Short Version

«Nunca é tarde para se ter uma infância feliz»



"Olá, a que horas parte o teu comboio?
O meu é às cinco e trinta e três...
Ainda falta um bocado
Queres contar-me a tua história?
Espera, deixa-me adivinhar
Vais recomeçar noutro lado...
Trazes escrito na bagagem
Que a coisa aqui não deu...
Quanto a mim, também me sinto um pouco
Desenraizado..."

in Jorge Palma

Peço-Vos Encarecidamente Desculpa Por Voltar Ao Tema


O Blog da Alice é mais que fishe e tem coisas muito bem apanhadas ou bem vistas... Entre as quais, alguns assuntos polémicos tal como este apresentados em termos muito pertinentes.
Quase que daria para rir, se num fosse para chorar.

Esta é uma cópia que aqui surge no seguimento de postes como este e sobretudo este, da Senhora Urticária, ou este, das Num_Sei_Quantas_Magificas.

Acho particular graça às datas

[Olhá Cópia Fresquiiiiiinha!]

«
Sexta-feira, Julho 14, 2006
ERA UMA VEZ...
Era uma vez um princesa
que vivia num conto de fadas
....

posted by Sofia at 8:57 AM

Quarta-feira, Julho 19, 2006
Depois...
Depois veio o príncipe
E o conto de fada desfez-se!


posted by Sofia at 2:12 PM
»

segunda-feira, julho 24, 2006

Dat Dere, parte II

15 dias em Agosto




Este é que era suposto fazer a "estreia", só que depois decidi guardá-lo para Agosto e Dedicá-lo à minha irmã Marta (que anda a trabalhar tanto... coitadinha).
Mudei de ideias!

Espero que se divirtam!
com esta corto-metrage (3 minutinhos''') de Edu Glez.
www.tropofilms.com

sábado, julho 22, 2006

Esta é uma estória muito triste...

«Tenho uns postáis lindos, lindos
Para uma bela alma bela
E num tenho a quem os mande.»






, porque,





Pois, "Ora ponha aqui o seu pézinho" - disse o Lobo-bom à Cinderela.

p.s. e o linque da praxe!

sexta-feira, julho 21, 2006

a Estreia do YouTube neste Blhógue

[eu sei que as imagens vídeo, ele, são sempre uma seca. Nunca se sabe quanto tempo é que pretendem da nossa atenção, e, normalmente, é ficar pá'li... à espera, sem saber durante quanto tempo. Um horror. Já na vídeo arte é o que é! Chega-se a um museu, galeria, uma espelunca qualquer e pronto, uns belos de uns televisores, e nós à nora... Tá mal! Portantuz e de agora em diantes:]

Solicito 3 minutos da V. atenção, se a tal Vos aprouver,

A quoi ça sert l’amour?


Escolho esta sensivel curta-metragem para dar início às hostilidades "YouTubianas", cá, neste Blhógue.
Descobri-o por intermédio de uma rapariga hiper-corrosiva de que num ma lembra o nome. De qualquer modo os créditos são do...

Pois, e a todos,
Cumps

p.s. curto o Cumps! é tão... tão, tão Limpinho.

quinta-feira, julho 20, 2006

«let's throw a gr8 party»

O plano Geral:



Mas antes...
A Sangria:


A Super Gralha (ai! saiu assim mas saiu muito bem) Grelha e respectivas sardinhas lá ao fundo mais quase toda a minha mais antiga amig@ de serviço, no meio:








O Ganda Som:




Ele Merece, cláp cláp Cláp (já em pé!) :)
[só para o poste "sair" feliz, para ñ ficar « ): », Tão a ver? Num? deixem estar...]





Em pleno workshop, com o Guenhónhó a ilustrar como num se faz, precisamente antes mesmo de ser pronta e veementemente corrigido pela Misteriosa Convidada Surpresa:




Só me resta acrescentar que [faltam-me sempre adjectivos suficientes para descrever todas as suas qualidades.],

Tudo isto só foi possível graças à Minha Muito Querida e Fantásticó-Extraordinária Margarida:





E Um Super Quisse a Todos os Convivas pois-sem-vós-outros-tinha-sido-uma-seca,
Goiaoia


p.s. "aquilo parecia um Super-Bar de Santo António.
Só que Ninguém Gritava. Quer dizer, ninguém Não! Lá pelos cantinhos estava este diabrete louro e à solta (com a premissão da Mãe, vou já pedir, e se ela num gostar: Removo já! ou logo, a seguir quer dizer...

quarta-feira, julho 19, 2006

Workshop de como comer sardinhas, com dois dedos de cada mão e um polegar opcional (mas nunca facultativo), em cima de uma fatia de pão decente

[Este poste amanhã já num está cá]

Declaram-se desde já abertas as inscrições, até às 20:00 de 19 de Julho de 2006, para esta rara e exclusiva oficina de trabalho e pesquisa laboratorial.

O custo da participação cinge-se à divisão aritmética do custo dos ingredientes para 25 aprendizes.

A 4 ou 5 sardinhas por pessoa, os ingredientes são:

10 Quilos de sardinha (sensivelmente uma caixa)
1 Kg de sal grosso (vai sobrar p/ a salada)
4 Generosos pães de Mafra (num é necessário mais)
Pimentos
Tomates
3 Cebolas
Orégãos
Um "caixote de vinho" (um litro para cada pessoa)
Fruta para a sangria,
1 Kg de açúcar (de preferência amarillo)
(temo que) Batatas num hajam. (Se calhar arranjo mais pão e um patê de pátum)


Reunidos os participantes, o monitor na sua faceta Guenhónhó irá proceder ao início dos trabalhos: Cada um com uma sardinha na mão, vamos lá! Aprender como se faz.
As técnicas de como remover o cheirete das mãos após o repasto são gratuita e oferta da casa. Garantido! Ou devolvemos o Seu dinheiro.


P.S. Excerto de Converseta no Talk:
(…)
50.000: let's throw a gr8 party
Goiaoia: gr8 é fishe

terça-feira, julho 18, 2006

A Palavra

«há palavras que são perfeitos beijos na boca»

Há, de facto, muitas palavras - perdoem-me, vou arriscar aqui uma sinópse'zona de um conto tradicional africano (África negra muçulmana) -, palavras que salvam e palavras que matam:

Certo dia na praia, um pescador descobriu uma caveira reluzindo ao sol. Meio curioso com este macabro achado, acercou-se um pouco e aproximou-se mais, dobrando-se por fim e quedando-se assim, contemplativo.
- A Palavra! - Ouviu de súbito o pescador.
Julgando-se sozinho, o sobressalto foi de tal ordem que deu “o” pulo num virote e se pôs, esgazeado, a olhar para todos os lados. Na praia num se vislumbrava viv’alma. Desconfiado mas mais relaxado, o pescador encolheu contrariadamente os ombros mas nisto e de novo:
- A Palavra! – O pescador ergueu os punhos e pôs-se a dançar o fandango.
- O que é? O que é? O que é? – Ou mais literal e precisamente – Úqué!Úqué!Úqué! Ond’estás… quantos são?!?!?
E nada.
O pescador ficou consternadíssimo consigo próprio e pensou: «num me querem a lá a ver…? A ouvir “coisas.”» Decidiu logo ali que num ia contar nada à mulher.
Já completamente esquecido da caveira volta-se de imediato para o trabalho de recolher as redes, só que… e talvez, um pouco mais pausada:
- A Palavra!
Desta vez o pescador estacou, arrebitando acentuadamente os ombros e afastando as palmas das mãos esticadas quase como quem quer ensaiar um levantar de voo. Teve um pressentimento um arrepio ou lá o que seja e jorrou-se de joelhos incrédulo perante a caveira, fitando-a profundamente nos olhos ou na falta deles. Passado um significativo momento de silêncio a caveira torna a proferir:
- A Palavra! O pescador levanta-se ao arrepio a esbracejar e desapareceu pelo horizonte adentro, esquecendo redes e peixes e tudo.

A correr, a correr e ainda a correr foi direitinho e só parou na “grande” localidade onde residia o Soba (que é assim uma espécie de reizito). E jorrando-se (pela 2.ª vez nesse dia), prostra-se diante do Big Kauna, arfando e mudo…

O Soba, com ligeiro enfado, indica ao ministro que afaste ou remova aquele trambolho que para ali caíra, que para ali ficara. O ministro ergue o sobrolho para dois brutamontes armados, que, de lança e escudo e meio atrapalhados (os escudos escorregavam dos ombros onde ficavam tão garbosos), e erguem-no pelos ombros. O pescador uivou, recuperando a voz, e, ainda agarrado mas já de pé lança-se num discurso fernético:
- A caveira! A caveira, ela fala… Não estou louco, eu ouvi, três vezes três e não estava lá ninguém e a caveira falou e eu vi e ouvi com os com os meus olhos e ouvidos que o mar há-de levar… - Todos na sala do real conselho se miraram mutuamente. O soba encolheu os ombros, o ministro ergeu o sobrolho e os guardas viraram-se e, de “fardo” pelas mãos, lá se prepararam para remover o “escolho” de diante de Sua Augusta Figura. O pescador tornou a uivar, e desta vez mais alto e lancinante. Um dos guardas largou-o assombrado e o Soba ergueu-se, furioso.
- Óh desgraçado, óh dejecto de minhoca mas o que é que tu Me queres,… sua espécie de mal-maluco.
- Não sou maluco nem malmeluco, sou mesmo daqui, o que lhe traz todos os dias belas douradas de aviário. E eu vi, eu vi: lá longe na praia uma caveira que falava. Eu vi, não foi visão nem nada que se pareça.
- Se calhar foi insolação – retrucou o Soba – Está mais calor aqui do que na Olissipónia.
Mas pronto – prosseguiu – venha de lá essa caveira!
- Óh, senhor, num me atrevi nem me atrevo a tocar-lhe…
- Mas então o que é que queres que eu faça? Que vá atrás de ti?
O pescador anuiu abanando a cabeça como os cães as caudas, e ainda para mais espumava e salivava do esforço e ansiedade.
- Olha-m’este… Num querem lá ver, às três da tarde… Mas seja, vamos lá ver essa #### dessa caveira que fala. Mas desde já te aviso… Se for em vão, estás feito em mandioca!
Saiu a comitiva realzita com o pescador todo curvadinho com um sorrisinho apalermado que lhe ia de um hemisfério ao outro da testa.
- Por aqui, por aqui, venham comigo por especial favor e muitos obséquios…
Andaram, andaram, andaram e todos transpirados e desalinhados, começam a vislumbrar lá ao longe um monte emaranhado.
- São as minhas redes, estamos lá quase. – Ninguém lhe responde e muitos bufam.
Aproximam-se e, de facto, lá estava a caveira.
Cheio de sorrisos, ora para aqui ora para ali, como quem vai apresentar a namorada reguiló-punk ao pai reitor, com os braços e mãos insiste para que todos se acerquem e, uma vez satisfeito, em tons muito formais, chama, clama e pede:
- Caveira, óh Caveira, trouxe diante de ti o Hómem mais importante do mundo. Por favor, quem Sois? ...
Todos, interessadíssimos, se debruçaram para ouvir a resposta. E assim ficaram… à espera.
Estático, de mãos e braços em solicita pose, o pescador quedava-se expectante. Até que alguém se riu… E aí o pescador jorrou-se todo pela 3.ª vez nesse dia.
- Caveira, diz qualquer coisa, qualquer coisinha, vá lá, como fizeste à bocadinho, sim? Vá lá… - choraminga, aflito, o pescador
Nada!
O ministro arqueou os dois sobrolhos de uma vez e o Soba virou costas com enfado o que fez com que, de joelhos, o pescador se agarrasse às pregas da realzita Jilába.
- Espere, espere… “Ela” já falou, temos de ter paciência, por favor.
O Soba dirigiu-se ao ministro, arrastando o pescador, e fez-lhe uma curiosa combinação de sinais, que muito curta e rapidamente incluíram um coçar de orelha, dois piscares de olhos e uma fungadela.
O ministro vociferou de imediato as seguintes ordens:
- Apanhem-no e atem-no! Tu abre um buraco e tu saca da espada… - e virando-se para o pescador diz, em tons muito suaves. – Olha, tens razão, é melhor ficar aqui alguém à espera, alguém com muita paciência para esperar. Portanto, ficas tu a fazer-lhe companhia, certo? Sem pernas nem nada que é para num ires “ali” enquanto esperas.
Dito e feito: Abriu-se na areia um buraco muito fundo eenfiou-se o pescador lá para dentro, até ao pescoço. Depois, veio o da espada e: Zúúúúpp, cabeça fora. Indelicadamente e pelos cabelos, alguém recolheu a cabeça e colocou-a, frente a frente com a caveira.
Riram-se um bocadinho, mas, por fim, todos bufaram e encetaram o caminho de regresso. Houve um mais espertinho que ainda recolheu as redes e outro que se agarrou ao peixe, que achado num é roubado.
E assim foram, andando, andando, até desaparecerem lá ao fundo.

Ficaram, na areia, estes dois despojos em insólita configuração. Nisto a Caveira pergunta:
- E a ti? O que foi que te trouxe aqui?
- A Palavra! Retorquiu a Cabeça.


[A seguir, num percam... "A Caveira e o Lenhador."]

segunda-feira, julho 17, 2006

Afinal - (ainda o) Álvaro de Campos

(...)
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direcções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estória
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.

Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem em baixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.
Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.

Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte...

Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direcções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.

Dentro de mim estão presos e atados ao chão
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,
A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direcções!










[quis espaço. "Isto" soa-me a oração.]

domingo, julho 16, 2006

Poste Musical Dedicado à Supra

Princesa e ao seu Super G.Alante Cavaleiro Andante.

Rickie Lee Jones

sábado, julho 15, 2006

Este poste vai auto-destruir-se em ...

Chico Buarque:

«
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
[...]
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
»

quarta-feira, julho 12, 2006

E agora, um compasso de espera (espero)

Num tenho apetite, nem, já agora, apetência por postar nada de nada ou do que quer que seja ou que fosse. É quase, quase como se estivesse... aborrecido. Só que ao contrário. (Esqueçam. Num tem nada a ver.)
Desinclinado? Nem por isso. Sinto é que tudo, "tudo" conjectural e momentaneamente se tornou irrelevante.

E, vai daí, postes... tum cedo num me parece. Mas cómantes sim, e talvez bastantes. Penso que vou passar uns tempos ou uma temporada nas caixas de comentários. Na minha e nas dos outros. Sobretudo nas dos outros.

Desde já agradeço antecipadamente o V. tácito consentimento

Pelo Goiaoia de serviço assina,
Guenhónhó

sábado, julho 08, 2006

Gosto mtmtmtmtmt destes postes de palmo e meio

A Lyra está a escrever muito bem.
E a 'nha Musa, melhor que nunca. Tal qual e cada vez mais, os seus postes esmagam-me de admiração. Além do mais a 'nha Musa joga sempre com palmo e ganso. E certinha como um relógio acómico.*

Entretanto a Senhora Urticária tornou-se-me referência de leitura obrigatória, a cumprir escrupulosamente todos os dias. Bem... quase que justificava ir lá todos os minutos, pois tem uma taxa de actualização verdadeiramente assombrosa. E faz, assim e também, uns didgest'zinhos da blogolhândia, fruto da sua aturada pesquisa. O seu blhógue serve igualmente como um excelente interface. Graças a este redescobri o "meu" professor.


* acómico de a-, tão a ver? e, já agora, 'ganso' é uma private de quem jogava ao guélas.

sexta-feira, julho 07, 2006

Minha Nossa Senhora,

afinal têm próstata e ejaculam. Só que raramente.


A jornalista Isabel Freire tem um blog espantoso! De resto é a minha última lincagem e figura como: "Minha Nossa Senhora". Esta Dama deu início a um estudo sobre a sexualidade feminina através de depoimentos de mulheres (pois claro está). O feed-back que o inquérito está a ter é revelador.
É flagrante o impacto causado pelas descobertas actuais nestes domínios e anseiam-se pela satisfação e reconhecimento geral da necessidade de um esclarecimento mais cabal de como as coisas é.






Alice Geirinhas comenta a propósito: «A história da sexualidade feminina foi um logro construído à imagem e semelhança do desejo masculino. O séc XIX e XX foi bastante eficaz na manipulação e na construção de clichés sobre a mulher e a sua sexualidade transformados em verdades e certezas. Desde a ciência até ao cinema.»

A caixa de título no blhógue de Isabel Freire é suficientemente esclarecedora, mas e vai daí e ainda assim, opto por reproduzir-lo na íntegra:
«Jornalista procura mulheres portuguesas (+ de 15 anos) disponíveis para falar/escrever sobre a sua sexualidade, sob total anonimato. Orientações, práticas, fantasias, a relação com o corpo, o desejo e o prazer. Os testemunhos serão reproduzidos num livro a publicar em 2oo7, pela editora Esfera dos Livros. A recolha de testemunhos implica um registo prévio das mulheres interessadas: sexualidadefeminina@gmail.com ou 91 445 20 97.» (n.º de telefone e tudo, viram como é sério.)

(O questionário é longo (60 questões). A Alice sugere que se copie para word de modo a poder trabalhá-lo comodamente.)

quinta-feira, julho 06, 2006

A curiosidade tem 7 vidas

Num sei quantas me restam

Maizdú mezmu

["Liberte te ex inferus"
"Nil actum reputa si quid superest agendum"
"Cogito ergo doteo"
"Mallum consillium quad mutari non potest"
"Sursum corda"
"Hic sunt dracones"
"Credo nos in fluctu eoden es"

"Free you from hell"
"Nothing has done if something is still to be done"
"I think so I I'm rich"
"I prefer a suggestion that cannot be changed"
"Lift up your hearts"
"Here there are drakes"
"I think we are on the same wave"]

Libertai-vos do inferno
Nada que tenha sido feito continua por fazer
Penso, portanto sou abonado

Prefiro uma sugestão inalterável
Corações ao alto
Ei-los aqui os dragões

Creio que estamos na mesma onda.

Afinal, isto sou eu só que ao contrário



Quer dizer,
eu sou a menina de vestido e a menina de vestido... o sapo, o sapo que esperneia é quem ... é quem é!
É isso, ou seja, isto é (salvo seja): é quem é ou é que é ou lá o que é ou o que fôr... com chapéu e tudo que fica mái lindo e sem ponto final nem nada

hummmpfhh

(maizdu mêmo)

quarta-feira, julho 05, 2006

Afinal a final

sempre é Alemanha-Portugal
Afinal, afinal, hoje foi só desgostos.
(amanhã deve ser um belo dia!
(deves, deves...))

Afinal (googalizei e depois wikipedei)

(Álvaro de Campos)

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.

Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.

Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,

Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam

Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,

Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.
(...)

(cof, cof)



...e, ó senhorita Ana, obrigado por me fazer sentir desenhado.
Faltou-me este cromo, e ós'pois roubei-o.
Posso roubar?

terça-feira, julho 04, 2006

Num me lembro nem de onde nem porquê

Mas fiquei com vontade de vos falar de elefantes.

Sempre tive a mania de que conhecia todas, mas todas, as estória de elefantes. Anedoctas, vá lá. E para o demonstrar arrancava por aí a fora numa tirada que, transcrita, seria o maióre poste que por aqui deu à costa. Todas, mesmo e sobretudo as que num têm piada nenhuma: Só a título ilustrativo:
- O que é que significa um elefante em cima de uma árvore?
- Um elefante a menos na face da terra.
- E dois elefantes...?
- Dois elefantes a menos na face da terra.
- E três...?
- Três elef...
- Não! Uma árvore a menos na face da terra.

Por acaso esta é uma das que costumo deixar para o fim. Antes gasto as do "como é que o elefante atravessa um rio, como é que cabe num mini, como é que se esconde num campo de morangos, ou passa desapercebido no Rossio e, já agora, como é que sobe para cima de uma árvore e, depois, como é que desce e por aí a diante e por aí afora.

Num queiram perceber. Mas tem tudo a ver:
«Eu cá concordo e simplífico: Com amor e polícias sinaleiros. Gente que dê, com uma grande economia de meios e esforços, sinais eniquívocos de regras e normas de conduta... Ética, Social e Espiritual. Tudo muito práctico suave e dinâmico. Tudo muito simples, muito fácil, ou que pareça como à dança o "ballet". Quem faz com amor nunca se enganava. Enganava, digo-lo bem. Que hoje a luta é injusta, os FDP's do Máre Quitingue mais à salutar e inata manha das criancas... pois!... andam a sabotar o esquema das coisas. É que já nem há avós que nos valham. O "sistema" monho-parenthále exterminou essa práctica que nos vem de desde os bichos. Ou, que sempre nos fez sentido e nunca mais. (sçççç... num dá jeito... vai morrer longe, vai?)
Isto merecia muita escrita e num estou para aí virado. Mas sempre nos digo:
Os pais, dos dias de hoje, aprendem a ser pais ao mesmo tempo que os filhos filhos.


(continua, vocezes me aguardem)

domingo, julho 02, 2006

A Diva voltou

«Há muitas maneiras de matar uma pessoa e escapar incólume:(...)
Existe (...) uma forma antiga e simples: o esquecimento.
O esquecimento do nome da pessoa. O esquecimento do olhar da pesssoa.
Durante algum tempo, a recordação ainda perdura. Mas os dias passam e deixam uma capa de pó que já não se levanta.
Pouco a pouco, o nome perde-se, os factos são falseados e afastam-se, até que, definitivamente, chega o esquecimento.
Chega a morte.
É fácil. Esquece-se todos os dias.»

Mas o que é que foi que eu fiz? O que é que foi que eu disse? 26 cómantes, ó fax favor...