quinta-feira, junho 29, 2006

E agora fui ao baú desenterrar qualquer coisa para Vos entreter

O meu diário num será Borgiano mas é de facto para permanecer meio secreto. Nem é por nada, mas o novelo que se fia cada dia... é complexo, é indízivel, mas, na realidade tão simples como todas as outras vidas de todos os outros seres. A diferença está na óptica, no modo como nos lêmos e movemos. Deixa estar... Isto porque, para te contar um episódio de que ocorreu hoje, tenho de recuar (deixa ver) 24 anos no tempo.
Cheguei a Lisboa aos nove anos - até então estive a viver aventuras dentro do país do berlinde, que era (e é) o meu mundo muito próprio. - Aliás, chegámos, eu a minha irmã mais à minha mãe. Só nós, um granda clã! A super família mono-parental - e sim, a Diana é minha irmã, irmã dos quatro costados. Só que, eu e a Marta temos irmãos comó outros têm primos. Só legítimos, só legítimos somos uns dez (tenho sempre de os enumerar mentalmente) mais os outros, os filhos dos meus padrastos com quem partilhei vinte e muitos mais anos. Já contando com os outros filhos do meu pai mais os da minha mãe. São todos bons. São todos à séria. [re-lê isto devagarinho e num queiras compreender à primeira].

Bom, mas chegámos cá - porque tinha mesmo que ser -, e - certeza das certezas da minha mãe -, estacionámos no coração de Lisboa e por aí ficámos(e por cá fiquei, daqui num saio, ninguém me tira), durante uns tempos: vá-lá, 9 meses a morar numa residêncial porreiríssima mesmo em cima do miradouro de S.ta Catarina. Os proprietários uns queridos. Só para veres, o Sr. Carlos levou-me pela primeira (e única) vez na vida a um jogo de futebol: Estádio da Luz, 3º anel e tudo cheio, entráva-se por um túnel moldura de mar de gente, tudo "lourd" o som, as cores, a festa... Sentámos-nos e... 8-0 ao Belenses! eu já nem os via, aos golos quero dizer. Fiquei fascinado com tudo aquilo. Olhava o público e nisto gooooo-lo, gooooooo... qd virava a cabeça, já a bola estava "lá" dentro. Soube mais tarde que foi o primeiro ano que o belenenses desceu de divisão. Nunca mais pensei nisso... E, a valer, nunca mais fui à bola. 'Tás a ver como eram uns queridos?

Somos vizinhos desde sempre, mas Hoje...
Hoje passei lá a fazer umas reservas especiais de corrida. Ai min, "cá", onde trabalho, e quando se necessita, reserva-se no Hotel Borges, e um pouco no onde calha. Enfim, num tenho que me explicar... Fui lá fazer as reservas porque os quero impingir muito bem impingidinhos e porque todos nós nos merecemos uns aos outros.
Chego lá...,
já tinha falado antes e ao telefone quer com o Carlos quer com a mulher. Mas ela vejo-a pouco, não passeia o cão na rua como o senhor Carlos... varreu-se-me,varreu-se-me o nome.
Conversa com o senhor Carlos, combina-se isto e aquilo e, nisto, escuto a voz da mulher, da ama, ela era como se fosse nossa ama. Chegávamos da escola e era alí que nos davam de lanche. Na cozinha da Residêncial. Muita fishe! Marmelada e o que quisesses. (num era tão bom como o lanche no alentejo em casa da Balbina, num era... mas) era bestial.
[a partir daqui desistam de compreender!]
-- óh Sô Carlos, o nome da sua senhora, qual é?
-- Adélia.
Havias de ver a minha cara de parvo, nisto toca o telefone, era a margarida, -- 'tou! Nem tive tempo de digerir o meu espanto. Chegou a Adélia:
-- Óhhh!, Beijinho.
O cúmulo da confusão. E eu pá'li... "será coincidência, que raio de acaso"...

1 Bombadas­:

Blogger Goiaoia acrescenta que...

talvez... talvez seja aí que eu deixo de te perceber (aceitas perceber? recusei-me a escrever compreender, poderia ser abusivo.).

10:02 da tarde, junho 29, 2006  

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